terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O centauro Quíron


Quíron 


De acordo com um mito arcaico, Quíron, o centauro, nasceu da união entre o Titã Cronos e oceanide Filira. O Titã assumiu a forma de um cavalo a fim de se esconder de sua esposa, Reia, e nesta ocasião engravidou Filira.

Quiron era um centauro que, de acordo com a mitologia grega, era considerado superior por seus próprios pares. Os centauros eram notórios por serem bebedores, indisciplinados e propensos à violência, mas Quíron era inteligente, civilizado e bondoso. Além disto, era célebre por seus conhecimento e habilidade com a medicina.

Abandonado, o centauro foi encontrado por Apolo, que o criou e lhe ensinou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência. Quíron era tido como o último dos centauros e altamente reverenciado como professor e tutor. Entre seus pupilos estavam diversos heróis, como Asclépio, Aristeu, Ajax, Enéas, Actéon, Ceneu, Teseu, Aquile, Jasão, Peleu, Télamon, Héracles, Oileu, Fênix, e em algumas versões do mito, Dioniso.

Sua nobreza também se reflete na história que narra sua morte que ocorreu durante a visita de seu amigo Héracles à carvena de Folo, no Monte Pélion, na Tessália. Enquanto estavam fazendo uma refeição, Héracles pediu vinho, para acompanhar a comida. Folo, que comia sua comida crua, estranhou. Ele havia recebido do deus Dioniso uma jarra de um vinho sagrado anteriormente, que deveria ser conservado para o resto dos centauros até que fosse a hora certa de ser aberto. Diante do pedido de Héracles, Folo sentiu-se constrangido em oferecer o vinho santo. O herói o agarrou de suas mãos e o abriu, deixando que seus vapores e aromas saíssem da garrafa e intoxicassem os centauros, liderados por Nesso, que estavam reunidos do lado de fora da caverna e passaram imediatamente a arremessar pedras e galhos. Héracles disparou diversas flechas embebidas com veneno da Hidra de Lema contra eles, para afastá-los. Uma delas atingiu Quíron na coxa.

A flecha não matou Quíron, pois, sendo filho de um titã, era imortal, porém provocou-lhe feridas incuráveis e dores horríveis, que nem seus conhecimentos médicos eram capazes de mitigar [O CENTAURO QUÍRON, 2013].


Coube assim a Héracles fazer um acordo com Zeus, trocando a imortalidade de Quíron pela vida de Prometeu, que roubara o fogo dos deuses e o dera aos homens e, por isso, fora condenado a padecer eternamente, amarrado a um rochedo enquanto um pássaro devorava seu fígado, que voltava a crescer no dia seguinte. Zeus, que afirmara que só o libertaria se um imortal abrisse mão de sua imortalidade e fosse para o Hades, o reino dos mortos, em seu lugar, concordou, liberando Quíron de seu sofrimento para morrer tranquilamente. O deus o homenageou, colocando-o no céu como a constelação que chamamos de Sagitário (do latim sagitta, "flecha").

Constelação de Sagitário

Fontes de pesquisa:

QUÍRON, disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADron, acessado em: 31/12/2013

O CENTAURO QUÍRON,  disponível em: http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0690, acessado em: 31/12/2013


Fonte das imagens:

QUÍRON, disponível em: http://sp0.fotolog.com/photo/32/62/9/johnnypierre/1213353877228_f.jpg, acessado em: 31/12/2013

CONSTELAÇÃO DE SAGITÁRIO, disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisC20kGUZj4c9nm4TnRpxIPScv-BjyD2FPe1I5Q7RXdQ4xTkL_pz-EXaKNWrV7Mb0nY8wmhBbM27WstjTzfflPBq7xq6C6_gB_4X6etK3ZPrPD7uKP1xSXqBtArT_BG0Pcfgz7dHFvR3pc/s1600/sagitario.jpg, acessado em: 31/12/2013